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Empresas familiares geram mais retorno do que não familiares. Entenda a razão

Empresas familiares são destaque na economia e responsáveis por 65% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, contudo, apresenta-se como principal obstáculo quanto à sua permanência no mercado a falta de planejamento estratégico voltado à sucessão empresarial ou falhas ligadas à ausência de uma governança corporativa sólida.





 A recente edição do estudo “Family 1000”, publicado anualmente pelo Credit Suisse, mostrou que empresas familiares geraram um retorno anual ajustado de 300 pontos-base a mais do que as não familiares nos últimos 15 anos


Entretanto, em 2022, as empresas familiares tiveram seu pior desempenho, registrando um retorno 700 pontos-base menor do que as empresas não familiares. 


Para chegar a essas conclusões, o Credit Suisse Research Institute se baseou na análise de 1.000 empresas de capital aberto, distribuídas nas regiões das Américas, Europa e Ásia-Pacífico, sendo esta última responsável por metade da amostra total.


Fatores que contribuem para o sucesso das empresas familiares no Brasil


Marcelo Viana, à frente da T4 Consultoria e consultor especialista em empresas de controle e Gestão Familiar, com foco em negócios de pequeno e médio porte, destaca a profissionalização da gestão como um importante passo inicial para a sustentabilidade de empresas familiares e elenca fatores considerados essenciais para o sucesso destas empresas no Brasil.


Implantação de práticas de governança


Base do processo de profissionalização da empresa familiar, a governança corporativa é essencial:



  • Para a definição de papéis e responsabilidades dos membros da família; 

  • Para auxiliar na implementação de políticas que contribuem para maior transparência nos relacionamentos com os diversos públicos; 

  • Para a criação de um conselho consultivo como direcionador nas estratégias de curto e longo prazo da empresa; 

  • No alinhamento de interesses entre os membros da família; 

  • Ao reforçar a importância da capacitação técnica adequada a cada membro da empresa para o desempenho do papel nas respectivas funções;


Entre outras vantagens.


Planejamento sucessório


Pesquisa conduzida pela PwC em colaboração com o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) revelou que, entre as 279 empresas brasileiras participantes, 72,4% declararam não possuir um plano de sucessão para cargos de liderança.


O plano sucessório reúne inúmeras complexidades e inicialmente deve-se pensar nos impactos que as decisões tomadas terão na gestão do negócio e objetivos futuros.


O bom planejamento sucessório envolve etapas, como:



  • Avaliação da realidade do negócio;

  • Estabelecer objetivos claros e alinhados com o propósito da empresa;

  • Identificação das competências dos envolvidos na gestão;

  • Elaboração do plano sucessório detalhado, incluindo o momento da transição;

  • Comunicação com transparência do plano de sucessão aos stakeholders;

  • Planejamento tributário e financeiro;


Entre outras.


Abertura à inovação


É crucial que as empresas sejam abertas à inovação para permanecerem competitivas no mercado. Essa abertura deve começar pela cultura organizacional. Alguns passos importantes para esse processo incluem: 



  • Buscar referências de empresas inovadoras no mercado;

  • Criar modelos para a implementação do projeto;

  • Explorar diferentes abordagens de inovação;

  • Manter-se em constante aprendizado.


Bom gerenciamento dos relacionamentos familiares


Um dos principais desafios enfrentados pelas empresas familiares no Brasil está no relacionamento entre os membros da família e, neste caso, a governança familiar se torna um importante meio para alinhar expectativas e a comunicação entre os envolvidos; para apoiar soluções em casos de conflito de interesses; para uma administração mais saudável, entre outros benefícios. 


Maximizando o potencial da empresa familiar no mercado


A modalidade de empresas familiares é, indiscutivelmente, uma das mais lucrativas. No entanto, para garantir sua sustentabilidade ao longo das gerações, é essencial adotar práticas de governança corporativa e ESG, orientadas para uma jornada de sustentabilidade empresarial.


Marcelo Viana destaca o papel crucial do conselho consultivo no processo de profissionalização das empresas familiares quando sentem a necessidade de uma abordagem técnica e de estratégias para avançar em seu segmento de atuação:



“O conselho consultivo irá apoiar desde a profissionalização da gestão até o direcionamento da diretoria na definição estratégica quanto aos objetivos futuros”, acrescenta.



Essa visão externa é relevante a questões que demandam urgência, tais como:



  • Implementação de iniciativas de segurança cibernética e monitoramento de indicadores;

  • Refinamento de estratégias de diversidade com metas mensuráveis;

  • Avaliação da viabilidade da abertura de capital da empresa (IPO);

  • Resolução de lacunas estratégicas em marketing, lançamento de novos produtos e gestão de equipes, entre outras áreas.



“Empresas familiares têm grande capacidade de lucro, mas para aproveitar o máximo dessa potencialidade precisa se render à profissionalização e a um olhar externo que direcione as melhores estratégias”, conclui o especialista.





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