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Recuperação judicial para empresas - Entenda como funciona 

Com o objetivo de evitar a falência, empresas optam pela recuperação judicial (RJ), um processo que possibilita que interrompam temporariamente e renegociem parte de suas dívidas acumuladas durante uma crise, prevenindo assim o fechamento das operações, demissões e inadimplências.


Foram registrados no primeiro semestre de 2023, 593 pedidos de RJ, enquanto no primeiro semestre de 2024, foram registrados 1.014 pedidos, revelando um aumento de 70,9%, segundo dados do Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian.





À frente da T4 Consultoria, com ampla experiência no auxílio a pequenas, médias e grandes empresas, intermediando na antecipação preventiva de eventos e na reorganização da gestão junto ao conselho e à direção empresarial, abordo a seguir o que é a recuperação judicial e o que ela envolve.


Entenda as principais questões em torno da recuperação judicial


A recuperação judicial é um instrumento previsto na legislação brasileira (Lei nº 11.101/2005) que tem o principal objetivo de apresentar um plano de recuperação que seja executável e que mostre aos credores que o negócio tem capacidade de se recuperar, desde que suas dívidas sejam renegociadas. 


Importância da recuperação judicial para empresas


A empresa tem a possibilidade de ganhar um “novo fôlego” e, além disso, todas as partes interessadas também podem ser beneficiadas, como é o caso dos credores com a possibilidade da recuperação de ao menos parte do valor devido. 


Diferente de um caso de falência em que os ativos do negócio são liquidados, a preços abaixo do valor de mercado, os credores podem apoiar um plano de recuperação com o potencial de maximizar a recuperação de suas dívidas, ou seja, a recuperação judicial se apresenta como uma solução mais equilibrada e vantajosa a todos. 


Recuperação Judicial x Falência 


A diferença entre ambas é simples, enquanto na recuperação judicial a empresa mantém suas operações, na falência o resultado é o fechamento da empresa e a liquidação organizada de seus ativos para pagar os credores.


Devido a essa diferença, a lei estabelece diversas proteções e procedimentos específicos para cada caso, tanto no que diz respeito à ordem de pagamento dos credores quanto a possíveis pedidos de restituição, entre outros. 


Para solicitar a recuperação judicial, é necessário:



  • Ser empresário ou sociedade empresária;

  • Estar em operação regular por no mínimo dois anos;

  • Não ter obtido concessão de recuperação judicial nos últimos cinco anos;

  • Manter contabilidade regular e atualizada;

  • Não ter sido condenado, nem ter administrador ou sócio controlador condenado, por qualquer dos crimes previstos na Lei 11.101/2005.


Não podem solicitar o recurso:



  • Empresas públicas;

  • Sociedades de economia mista;

  • Instituições financeiras, sejam públicas ou privadas;

  • Cooperativas de crédito;

  • Consórcios;

  • Entidades de previdência complementar;

  • Planos de assistência à saúde;

  • Sociedades seguradoras;

  • Sociedades de capitalização e equiparadas.


Importância de antecipar eventos de maneira preventiva 


Como já mencionado, a melhor maneira de evitar a recuperação judicial é a antecipação de eventos de maneira preventiva, assim como a reorganização do controle da gestão junto ao conselho e direção da empresa.


Dentre os meios para evitar a recuperação judicial, estão:


Gestão financeira eficiente – que inclui monitorar e controlar as finanças do negócio para evitar endividamento excessivo. É igualmente importante assegurar que a empresa tenha capital de giro suficiente.


Planejamento estratégico – a fim de guiar o crescimento da empresa em curto e longo prazo;


Renegociação de dívidas – com enfoque nos prazos e condições de pagamento junto aos credores;


Diversificação de receitas – que envolve estudar estratégias para a ampliação de fontes de receita para que não se dependa exclusivamente de um único produto, serviço e público-alvo;


Acompanhamento de indicadores – por meio do monitoramento regular dos indicadores de desempenho financeiro e operacional para corrigir rapidamente eventuais problemas;


Inovação e adaptação – que se relaciona a indicadores já mencionados com o intuito principalmente de rápida adaptação às constantes mudanças no mercado e no mundo.


Buscar ajuda especializada é crucial para identificar e corrigir problemas no negócio. Um conselheiro consultivo externo pode ajudar a empresa a enxergar sua realidade e pontos cegos que a gestão interna não costuma perceber por estar muito envolvida nos processos do negócio.


Por fim, antecipe-se às mudanças, conheça bem o mercado e não hesite em buscar reforço quando necessário.




Artigo de Marcelo Viana


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