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A Sobrevivência das Empresas no Brasil: Um Panorama Atual e o Papel da Recuperação Judicial

Um recente levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela um dado alarmante: seis em cada dez empresas não sobrevivem após cinco anos de atividade no Brasil. 
 

Esse índice elevado de mortalidade empresarial reflete uma realidade constante no cenário nacional, marcada por desafios econômicos, burocracia excessiva, dificuldade de acesso ao crédito e altos níveis de endividamento.
 

Ainda assim, o volume de novas empresas que se arriscam a entrar no mercado permanece elevado, o que demonstra não apenas a força empreendedora no país, mas também a urgência de um suporte jurídico especializado em momentos de crise, especialmente em mecanismos de Reestruturação financeira. 
 

O uso estratégico de ferramentas como o Turnaround empresarial e a Recuperação Judicial se mostra cada vez mais necessário para enfrentar os riscos e oscilações do ambiente de negócios.
 

Apesar das dificuldades, os dados mostram que o Brasil continua registrando um número significativo de novas empresas anualmente. Nos últimos cinco anos, observou-se um crescimento consistente na abertura de CNPJs, com destaque para as microempresas e empresas de pequeno porte. 
 

Em 2019, cerca de 3,5 milhões de novas empresas foram abertas. Já em 2020, com o advento da pandemia e o aumento do empreendedorismo por necessidade, esse número saltou para 3,8 milhões. O ápice foi em 2021, com mais de 4 milhões de novos registros. Em 2022, o ritmo se manteve (3,9 milhões), e em 2023 houve uma leve retração (3,7 milhões). Ainda sem os números finais de 2024, é relevante destacar que houve um crescimento de 21,28% na abertura de empresas em setembro, em comparação com o mesmo período de 2023.
 

Esse panorama revela que, embora as microempresas representem a maior parcela das novas aberturas, as empresas de médio e grande porte enfrentam barreiras significativas para consolidação e crescimento, sobretudo quando não contam com estratégias eficazes de Reestruturação financeira e gestão do endividamento.

 

O dado mais preocupante, no entanto, permanece: o alto número de encerramentos de CNPJs nos primeiros anos de operação. A sobrevivência empresarial no Brasil esbarra em obstáculos estruturais, como a carga tributária elevada, a instabilidade econômica e a escassez de crédito, especialmente para pequenos negócios. A falta de capital de giro, aliada à intensa competitividade, contribui para o agravamento do cenário e, em muitos casos, conduz as empresas à Falência.

 

É nesse contexto que a Recuperação Judicial surge como uma ferramenta jurídica indispensável. Ela permite que empresas em crise reorganizem suas dívidas, renegociem com credores e mantenham suas atividades em funcionamento. Trata-se de um instrumento de Turnaround que tem sido amplamente utilizado nos últimos anos, principalmente em momentos de retração econômica e aumento da inadimplência.

 

Segundo levantamento recente publicado pelo Conjur, mais de 95% dos pedidos de Recuperação Judicial são realizados por micro, pequenas e médias empresas, com destaque para os setores de comércio, indústria e serviços. O objetivo é claro: evitar a Falência, preservar empregos e dar continuidade à atividade empresarial, mesmo diante de altos níveis de endividamento.

 

Casos bem-sucedidos comprovam que, com um bom diagnóstico da crise, um plano de Reestruturação financeira viável e um acompanhamento jurídico especializado, é possível reverter o quadro negativo e recolocar a empresa em trajetória de crescimento. No entanto, o êxito da Recuperação Judicial depende de fatores como a viabilidade econômica do plano proposto, o comprometimento dos gestores e dos credores, e o suporte técnico durante todo o processo.

 

Portanto, diante do cenário atual, é essencial que empreendedores compreendam a importância de um planejamento estratégico que contemple a prevenção à crise, a gestão eficaz do endividamento e, quando necessário, o uso de mecanismos legais como a Recuperação Judicial, para evitar a Falência e garantir a continuidade dos negócios no Brasil

 

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